quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Produtor de King of Fighters deixa a SNK

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Apesar da grande presença recente  no universo online, a SNK Playmore não anda muito bem das pernas. A empresa perdeu dinheiro, profissionais e credibilidade depois do fiasco de The King of Fighters XII. E, apesar de o jogo seguinte ter resolvido vários dos problemas de produção, aparentemente isso não foi o suficiente para reerguer a moral da empresa. Masaaki Kukino, produtor de ambos os games e uma das principais figuras ligadas à franquia, deixou o barco.
A descoberta foi feita recentemente, através do perfil  do desenvolvedor no Facebook. Lá ele lista a empresa como tendo sido seu lar entre junho de 2006 e novembro de 2010, cinco meses depois de KoF XIII ter chegado aos fliperamas japoneses e norte-americanos. Kukino foi a segunda figura importante ligada à série a deixar a SNK nos últimos anos. Nona, que trabalhou como artista na casa desde 2001 e foi diretor de arte dos últimos King of Fighters, deixou a produtora ressentido depois dos problemas trazidos pela versão XII.
Entre as principais reclamações estavam o baixo número de personagens, desequilíbrio até na quantidade de golpes (alguns lutadores com vários, outros com dois ou três), a ausência de chefes, poucos cenários, gráficos em baixa resolução e a quase impossibilidade de jogar online, graças a um “netcode” mal programado.
Essa não é, porém, a pior parte da história. Em setembro de 2010 a SNK Playmore trocou de presidente, e o novo executivo parece querer dinamitar a sua já escassa presença tem no mercado de games. Rumores de fontes ligadas à empresa dizem que o novo plano é fechar o departamento de desenvolvimento de jogos e, no lugar disso, focar no licenciamento de produtos (como miniaturas), relançar títulos antigos (como vem sendo feito há algum tempo na Xbox Live e, mais recentemente, na PlayStation Network) e apostar no Pachinko, jogo de azar extremamente popular no Japão e cujas máquinas já reviveram clássicos perdidos da própria produtora, como a série Last Blade. Essas mesmas fontes dizem que KoF XIII seria o último da série.
A saída de Kukino e o suposto novo foco da empresa também colocam em dúvida a versão caseira de The King of Fighters XIII. Depois do lançamento do jogos arcades, a existência do “port” foi mencionada algumas vezes por representantes da SNK, mas nenhuma informação concreta foi divulgada.
Como fã da série e antigo ávido frequentador dos fliperamas, na época em que se tiravam contras épicos de KoF ’98 e 2000, fico entristecido com a notícia – ainda mais porque a cena de jogadores brasileiros era bem forte. Ou talvez seja melhor assim, que a franquia possa descansar em paz, enquanto não para nas mãos de uma equipe mais competente.

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